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O que preferem os casais sem filhos?

Casal feliz sem filhos
casais sem filhos

É sempre interessante aprender um pouco mais de marketing e de novas gerações no consumo!
Um artigo do Jornal de Negócios, já com algum tempo mas ainda actual.

Tem alguns cortes para não se tornar demasiado extenso.

Na chamada geração “dinki” tudo é feito para durar pouco pelo que os hábitos de consumo são também descartáveis.

Marcas como IKEA, Sony e Nokia dominam.
Dos 25 aos 35. A geração do consumo descartável. Tudo parece ser descartável para os “Dinkis”. São jovens casais entre os 25 e os 35 anos que não têm filhos. Em busca de prazer constante, mudam o que for preciso para ficar bem. Vão ao Ikea e transformam a casa. Compram tecnologia Sony e andam com relógios Swatch no pulso. O tempo é um valor.


SE NÃO DÁ, NÃO DÁ. Procura-se outra casa, procura-se outro emprego, arranja-se outro marido.

E assim são os “Dinkis”, os jovens casais sem filhos, com idades entre os 25 e os 35. São dominados pela cultura “chaiselongue” (estética e “design”) e Prozac (ansiedade e falta de tempo). São exigentes e querem viver a vida ao máximo. Hedonistas e individualistas, buscam o prazer em cada segundo da sua existência. E, por isso, mudam, transformam e reconstroem. Algo que podem fazer no Ikea, de relógio Swatch no pulso e tecnologia Sony no bolso. Estas são algumas conclusões do estudo: “Mudanças, Tendências e Marcas”, realizado pela empresa de estudos de mercado Millward Brown, do grupo WPP. Uma análise efectuada em 20 capitais de 18 países da Europa e América Latina. Na capital portuguesa, o estudo foi apoiado pela consultora de comunicação Hill & Knowlton e pelo Banco Espírito Santo. Teve por base 200 indivíduos com idades entre os 25 e os 35 anos, casais heterossexuais de classe A/B/C 1, com um estilo de vida considerado activo e moderno.

Ikea à medida.Casas informais, dinâmicas e com muita luz, áreas abertas e onde impera o “design”. É esta a demanda dos “Dinkis”. A estética tem que estar presente em casa. E na vida. São devoradores de decoração. E gostam de mudar.
Para eles, “tudo é feito para durar pouco tempo”. Até a casa. Preferem tudo o que é descartável. E por isso compram no Ikea. Afinal, o Ikea é “funcional e prático”, dois valores que os “Dinkis” exigem das marcas. Representa o novo conceito de casal. Efémero, com produtos fáceis de usar e que poupam tempo, trabalho e espaço.

Sony muito à frente.
Verdadeiros adeptos do “home cinema”, os jovens casais sem filhos adoram sistemas inteligentes e equipamentos activados por voz. Plasmas, computadores e DVD fazem parte da mobília. A Sony é apontada pelos inquiridos como a proposta para um escape audiovisual. (…) É uma marca que, segundo os “Dinkis”, “está muito à frente” em termos de inovação.

A Nokia aparece também nas marcas eleitas. (…) Afinal, “quem tem um, sabe trabalhar com todos”. E a cultura da facilidade em acção. (…)

Coca-Cola e hedonismo.
Os “Dinkis” vivem o presente e regem-se segundo uma força centrífuga. Procuram o “eu” ideal e buscam o elixir da juventude. Por isso, as actividades diárias são comparadas a uma guerrilha. A uma selva urbana, havendo uma tendência para o esforço-recompensa. E quais são as compensações reclamadas pelos jovens sem filhos? Viagens e férias. São a fuga à prisão de asfalto. Significam a redescoberta da natureza e a conquista de culturas exóticas. E o regresso ao paraíso.O próprio lar é concebido como “um refugio, um oásis no deserto, o descanso do guerreiro.”
E porque procuram boa vida, os “Dinkis” apontam a marca Coca-Cola como uma das predilectas. É o símbolo da partilha de bons momentos. “E o antídoto para a sociedade perigosa”. (…)As campanhas da gigante de bebidas são das preferidas destes jovens. Quais os motivos? “Criatividade, cores apelativas e música”, justificam.

Os “Dinkis” são apreciadores assumidos de “marketing” e publicidade. Dos 130 anúncios publicitários de televisão mencionados no estudo, o reconhecimento foi elevado em marcas como a Nike, Citröen, Peugeot, Heineken, Toyota, Pepsi, Skoda, Johnie Walker, Dove, Axe, MasterCard e Doritos. Destacam também a “juventude e irreverência” da William Lawsons e o “humor e a originalidade” da Vodafone.

Os “Dinkis” frequentam ginásios e fazem cirurgias plásticas. A estética e o corpo andam de mãos dadas. Motivos para fazer da Nike uma marca de eleição. Para este segmento, a marca simboliza heróis no mundo do desporto e está associada à inteligência muscular. Lidera e determina. “Just do it”, diz a marca e dizem os “Dinkis”.

Os filhos são vistos pelos “Dinkis” como um “entrave” ao divertimento e ao gozo da vida. Por isso, adiam a responsabilidade de educar. E optam por animais de estimação. Aproveitar cada segundo é o lema. Patente na escolha da Swatch. “Tem o tempo de vida ideal: dura dois anos. Depois já passou de moda. E compra-se outro relógio”, justificam. (…)
Mentes abertas, os “Dinkis” dizem “sim” ao sexo, às uniões de facto, à homossexualidade e às famílias monoparentais. “Vai ser raro ver o pai, a mãe e o filho, todos na mesma casa e ao mesmo tempo”, afirmam.(…)

Lanidor executiva.
Os jovens dos 25 aos 35 valorizam o progresso profissional. Não se realizam sem ele. Até porque significa ter mais dinheiro. E por isso, o sexo feminino projecta-se na Lanidor, associada a “jovem executiva. Também gostam da Zara, “informada e atenta às tendências da moda”. Mas é considerada mais “roupa de fim-de-semana”. E, além disso, está associada a “mau atendimento e fraca qualidade”. Diferentes são as mulheres, dos 25 aos 35 anos, com filhos. Optam pela MassimoDutti. “A marca tem classe e está na moda”, dizem. Para elas, os filhos estão em primeiro lugar. E por isso, querem as melhores marcas. O preço não é o factor mais importante. Escolhem marcas como a Chicco. Afinal é “carinhosa, amigável e protectora”. (…)Os casais jovens com filhos gostam de conforto e honestidade.

Para telemóvel escolhem a marca Vodafone. Sinónimo de “credibilidade”. (…)

Audi é cara.
(…) Marca que se encontra no terceiro nível de marcas preferidas para os “Dinkis”. (…)O custo elevado da Audi simboliza um dos maiores medos dos “Dinkis”: o endividamento. Cartões de crédito, hipotecas e prestações fazem parte do dia a dia destes jovens casais. Atitudes, muitas vezes impulsivas, que geram preocupações e aumentam o pacote dos receios, onde já estão fantasmas como o desemprego, instabilidade, divórcio, doença e morte. Endividamento, hipotecas e cartões de crédito.

Tendo como pano de fundo estas mudanças e valores, preocupações e anseios, os jovens casais sem filhos, dos 25 aos 35, chamados “Dinkis”, definem-se a si próprios com adjectivos ou frases tais como: “Qualidade de Vida”, “Ambição”, “Falta de Tempo” e “Consumismo”.

De acordo com o estudo da Millward Brown, os símbolos que melhor representam estes jovens são o carro (80%), as hipotecas/empréstimos (63%) e os cartões de crédito (52%).


Jornalista: LÚCIA CRESPO
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6 Comments

6 Comments

  1. Aysline

    15/07/2011 at 12:52

    Que estúpidez pois não teem nada a ver há muitos casais modernos com filhos, a decoração da casa não teem nada a ver com filhos, acho que deviam era fazer um texto a dizer que os casais sem filhos não teem é nada para fazer em casa, devem apanhar grandes sécas e não sabem o que estão a perder e talvez mais tarde se arrependam de não terem tido pelo menos um filho! "Um bébé é como uma estrela que ilumina uma casa de Alegrias"

  2. Karina

    03/03/2011 at 18:18

    Sensacional… Amei o texto.
    Não tinha lido algo tão completo sobre tendências entre a sociedade jovem, como este.

    Muito bom.

  3. FFC

    05/11/2007 at 00:01

    sou um dinki!? por vezes assusta-me “esse” estilo de vida. tudo é efémero, terá de ser?

  4. Anônimo

    19/10/2007 at 08:38

    Mais um copy que como não consegue fazer long copys na agência, aplica todo o seu vocabulário no Blogworld. è demasiado longo e as letras demasiado pequenas para que eu consiga ter vontade de ler.

  5. Unknown

    11/10/2007 at 11:06

    Errr… não queriam dizer yupis?

  6. H.

    28/08/2007 at 11:55

    Um texto interessante revelador deste pequeno grande nicho.
    É óbvio que as marcas têm que conhecer bem e tentar dar resposta este grupo de mercado que é, claramente, o grande grupo consumidor da sociedade.

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