Social Commerce e Live Shopping: impulsione vendas online

Se há alguns anos as compras online eram quase sempre feitas dentro de um site ou aplicativo dedicado, hoje a realidade é bem diferente. As redes sociais deixaram de ser apenas vitrines para se tornarem verdadeiras lojas, e o Brasil está surfando essa onda com entusiasmo. O chamado social commerce, que permite comprar sem sair de plataformas como Instagram, TikTok e WhatsApp, cresce em ritmo acelerado no país.

De acordo com levantamento publicado pela GlobeNewswire, o mercado brasileiro de social commerce deve sair de US$ 2,6 bilhões em 2023 para US$ 10,65 bilhões até 2029. É um salto impressionante, com taxa média de crescimento de 25,7% ao ano. Na prática, isso significa que as marcas que começarem a investir agora terão muito mais chances de se destacar.

Mas não é só o social commerce que está ganhando força. Outro formato que vem conquistando o público é o live shopping, transmissões ao vivo em que produtos são apresentados, testados e vendidos em tempo real. Essa tendência nasceu e explodiu na China, movimentando cifras bilionárias, e já mostra resultados interessantes no Brasil.

A Americanas, por exemplo, apostou em lives com celebridades como Juliette para apresentar produtos de maneira leve e divertida, alcançando milhões de visualizações e elevando as conversões. Marcas menores também têm histórias de sucesso: a Alphabeto, do segmento de moda infantil, viu seu ticket médio crescer 30% e o número de produtos por compra aumentar 50% após apostar nesse formato. O chocolate Dengo também encontrou nas vendas ao vivo uma forma de aproximar a marca do consumidor.

O grande diferencial está na experiência. Ao contrário de um anúncio tradicional, o live shopping cria um ambiente de interação. O público pode fazer perguntas, pedir para ver o produto de outro ângulo, aproveitar descontos que só valem durante a transmissão e até participar de sorteios. Tudo isso aumenta o engajamento e, consequentemente, as chances de conversão.

Outra característica importante é que, no social commerce, a jornada de compra é mais curta. Não há a necessidade de sair do Instagram para ir a um site, digitar dados e voltar. As plataformas já oferecem integração com pagamentos e logística, tornando o processo rápido e intuitivo. Isso reduz abandonos de carrinho e melhora a experiência geral.

Claro, para aproveitar essas oportunidades, é fundamental planejar. Escolher a rede social mais adequada ao seu público, definir quem vai apresentar as lives, criar um roteiro leve e interativo e garantir que o processo de compra seja simples são passos essenciais. Além disso, vale acompanhar métricas como taxa de visualização, número de cliques e conversões para ajustar a estratégia.

O fato é que, no Brasil, a compra pelo celular já é um hábito consolidado, e o consumidor está cada vez mais aberto a novas formas de interação com as marcas. Social commerce e live shopping não são apenas tendências passageiras; são parte de um novo comportamento que mistura entretenimento e consumo. Quem souber unir essas duas coisas de forma autêntica e bem planejada tem muito a ganhar.

Dicas práticas para marcas e agências

• Escolha a rede ideal: Instagram e TikTok dominam, mas WhatsApp tem alto potencial para compras via chat-bot e atendimento 1:1.
• Use influenciadores ou anfitriões com afinidade com sua marca. O conteúdo precisa ser autêntico e interativo, e não apenas uma venda disfarçada.
• Aprimore o atendimento ao vivo com enquetes, cupons exclusivos, descontos em tempo real e lançamentos surpresa.
• Integre com logística ágil e pagamentos simplificados — sem esses elementos, o alcance pode não se converter em compra.
• Mensure engajamento e conversão: defina métricas claras como taxa de clique, visualização, conversão e ticket médio para monitorar e otimizar.

FAQ: Perguntas Frequentes