Prioridades da Geração Alfa em 2026: o que marcas e profissionais de marketing precisam saber

Quem é a Geração Alfa e por que ela importa tanto agora

A Geração Alfa, composta por crianças nascidas aproximadamente a partir de 2010, está ascendendo com força. Essa geração nasce em um mundo “figital”, onde o físico e o digital se misturam com naturalidade. Conforme levantamento da WGSN, os Alfas valorizam tanto experiências reais quanto digitais, cresceram com suas vidas documentadas nas redes e veem os jogos como atividade social.

Para o marketing e o branding, essa geração representa não apenas o futuro consumidor, mas o influenciador dentro de casa. Estima-se que até 2029 eles alcancem um poder de compra conjunto de US$ 5,46 tri (fonte: McCrindle, 2024). Isso exige atenção hoje, não amanhã.

As 6 oportunidades estratégicas identificadas

O relatório da WGSN destaca seis categorias onde marcas podem atuar para ganhar relevância entre os Alfas: gastos, estilo de vida, educação, relacionamentos, identidade e bem-estar. Veja como aplicar.

1. Gastos – trate os Alfas como influenciadores da família

Eles têm voz ativa no orçamento familiar. Um estudo norte-americano indica que um adolescente da Geração Alfa gasta cerca de US$ 2.340 por ano, com média de US$ 45 por semana. Isso representa cerca de US$ 50 bilhões por ano em compras diretas. As marcas podem aproveitar isso envolvendo os Alfas em decisões, oferecendo produtos “com eles em mente” e construindo pertencimento.

2. Estilo de vida – humor, brincadeira e cultura “brain-rot”

Os Alfas valorizam a irreverência, os memes e a brincadeira como forma de conexão social. Um dado mostra que 94% das crianças nos EUA e Reino Unido querem que o conteúdo que consomem as faça rir. Então, nas comunicações, traga humor, diversão e participação — não só conteúdo sério.

3. Educação – preparar para o futuro desconhecido

Essa geração foi marcada pela pandemia e uso intenso de telas na infância. Hoje busca aprender de forma criativa, curiosa e interativa. Marcas com propósito educacional — que instigam interesse e habilidade — se destacam.

4. Relacionamentos – espaços para fazer amigos e criar juntos

68% (por exemplo) preferem interações reais em vez de apenas virtuais. Em estudo norte-americano, 67% de jovens entre 9 e 13 anos disseram preferir comer com amigos e família a estar na frente da TV ou navegando nas redes sociais. Então, crie momentos que facilitem conexões — offline e online.

5. Identidade – diversidade, inclusão e expressão

Os Alfas cresceram em um mundo plural e querem marcas que reflitam isso. Eles valorizam identidade, representação e autenticidade. Estratégias de branding que celebrem diferença e permitam expressão pessoal têm mais chance de ressoar.

6. Bem-estar – equilibrar o on-line e o off-line

Apesar da familiaridade com dispositivos, essa geração também enfrenta os desafios digitais: 65% das crianças de 8 a 10 anos dizem usar redes sociais até quatro horas por dia (fonte: Morning Consult, 2024). Eles querem proteção, equilíbrio e sentido no uso da tecnologia. Marca que oferecer ambiente seguro, experiências reais e incentivo ao offline ganha relevância.

Setores com maior potencial

Na abordagem da Geração Alfa, destacam-se os seguintes setores: saúde e bem-estar, esportes e atividades ao ar livre, beleza, tecnologia, brinquedos e hobbies. Marcas nessas categorias devem repensar suas estratégias considerando os valores e motivações dos Alfas.

Como aplicar essas tendências no seu planejamento de marca

• Envolva os Alfas desde a concepção de produto ou campanha — eles não são apenas consumidores, são ativadores.
• Use humor, cultura meme e plataformas que eles frequentam para se conectar.
• Crie ambientes e experiências que combinem o físico e o digital (figital).
• Ofereça representatividade real e canais para que expressem identidade e criem laços.
• Promova o bem-estar digital: limite, transição para o off-line e contextos reais de interação.

FAQ — Geração Alfa 2026 e o que marcas precisam entender

Fonte: Relatório “Prioridades da Geração Alfa 2026” da WGSN